Quem possui um perfil nas mídias, conta com uma alternativa na hora de conquistar uma recolocação profissional

Linked In, a rede mais popular no mundo corporativo.

Desempregada há seis meses, Joana Lima percebeu que só enviar currículos e preencher fichas de agências de emprego não era o suficiente para fazê-la voltar ao mercado de trabalho. A administradora, que estava em busca de uma vaga de gerente comercial, decidiu investir nas redes sociais para tentar voltar ao mercado de trabalho. Foi graças aos contatos que fez no LinkedIn, que a jovem não só conquistou uma vaga em uma empresa da capital paranaense, como também conseguiu um salário melhor do que esperava.

A história de Joana não é um fato isolado. A busca e oferta de empregos nas redes sociais têm se mostrado uma tendência no mundo dos negócios.

“Está cada vez mais difícil encontrar profissionais para atender empresas exigentes em termos de qualificação, escolaridade e experiência.
Então, os head hunters acabam procurando profissionais em vários veículos, mais especificamente no LinkedIn que, em minha opinião, é a melhor rede de caráter profissional. Existem muitos relatos de executivos que são abordados cotidianamente via redes sociais”, explica a Head Hunter, Tais Targa.

As mídias sociais se transformaram em grandes aliadas dos departamentos de recursos humanos de grandes empresas para encontrar candidatos, inclusive de cargos estratégicos e de gestão. Uma pesquisa realizada em 12 países pela Robert Half, especialista em seleção de executivos, apontou que as empresas brasileiras são as que mais utilizam as redes sociais, como, Twitter, LinkedIn e Facebook, na hora da seleção.

O fato das empresas estarem atentas as redes e as utilizando como ferramentas, não significa que os candidatos devem apenas criar os seus perfis e esperar que alguma multinacional entre em contato. É preciso adotar uma postura ativa. Joana lembra que ficava horas na internet monitorando as oportunidades que eram ofertadas nas páginas das empresas e, além de se candidatar, tentava encontrar algum executivo da companhia que tivesse um perfil na rede, o adicionava e mostrava seu interesse na vaga que estava em aberto. “No começo, achava que ir atrás de um executivo na rede podia passar a ideia de invasão de privacidade, o que pode parecer quando você aborda as pessoas pelo Twitter ou Facebook. Mas, percebi que no LinkedIn as pessoas adotam um postura mais profissional e estão abertas e acostumadas a falar sobre oportunidades de emprego”, diz.

Tais Targa explica que, como no caso de Joana, para quem está em busca de uma recolocação no mercado de trabalho, é imprescindível manter um perfil nas redes com uma postura mais profissional. “O linkedin é uma rede estritamente desenhada para fins profissionais e isto deve ser respeitado e jamais esquecido”, ressalta. Targa compartilhou com a Perspectiva ISAE cinco dicas que prometem ajudar os profissionais a se portarem nas redes. Acompanhe no nosso perfil do LinkedIn

Novo aplicativo

O LinkedIn, rede social voltada ao mercado de trabalho, é uma das redes mais usadas por quem está em busca de uma nova posição. Atenta a essa procura, a empresa lançou recentemente um aplicativo que pretende ajudar quem está em busca de uma oportunidade. O botão Apply With LinkedIn para fazer a ponte entre contratantes com vagas abertas e candidatos – e já tem companhia que aderiu à novidade. As empresas precisam embutir um link nas páginas em que ofertam as vagas. Dessa forma, quem têm perfil no LinkedIn só precisa clicar no link para que seus dados sejam enviados em forma de currículo. Porém, a ferramenta possui um custo para as empresas que desejam aplicá-la. Targa também aponta outras formas de encontrar vagas na rede. Segundo a head hunter, existe uma ferramenta chamada Premiun Job Seeker que é desenhada para quem está procurando emprego, mas só é ofertada para os internautas que possuem perfis pagos no LinkedIn. Para os que não pagam por perfis também existe outra solução. “Qualquer usuário pode fazer busca de empregos por palavras-chaves. Eu utilizo muito quando sei de uma oportunidade profissional por outros meios e, por meio de uma pesquisa avançada, consigo me conectar com o Gerente de RH desta empresa. Claro que o fato de possuir mais de 3000 conexões, me ajuda muito nesta hora, mas com cuidado e boa vontade pode-se chegar à pessoa chave”, conclui.

Fonte: Revista Perspectiva – Março de 2012